quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Homem que queria ouvir o Criador.


Triste um homem sentou-se debaixo de uma árvore e começou a reclamar. Precisava tomar uma decisão e queria ouvir o Criador. Confiava que o que ouviria seria de grande proveito como orientação, mas não conseguia entender o que chegava como sinais até ele.

Triste reclamava e se lamentava sem saber se o Criador o respondia ou se era ele quem não ouvia.

Vendo a aflição do homem a árvore o interrogou querendo saber se poderia ajudar, levando o refrigério de sua sombra às angústias de sua alma. O homem, então, contou à árvore seu sofrimento. Precisava de resposta. Apenas isso.

A árvore não entendeu porque ele não tinha a resposta ainda. Não podia também satisfazer-lhe o desejo. Mas havia uma coisa que ela podia fazer: contar-lhe como o Criador respondia suas orações.

Prontamente a grande árvore começou a explicar ao homem suas aflições e como o Criador a cultivava.

Nasci da terra, pela palavra do meu D’us. E aqui estão plantadas minhas raízes. Aqui necessito de sol e de chuva; precioso que outros seres venham e joguem aos meus pés folhas e substancias que se tornarão meu alimento. Para isso dependo do meu Senhor e oro todos os dias agradecendo sua providência que não falha.

Mas se eu não fizer a minha parte, não serei alimentada e certamente morrerei. Minhas raízes precisam descer na terra, para capturar nutrientes e água... Minha copa precisa se abrir ao sol para que, iluminada, produza vida. Meu tronco precisa estar forte e firme para suportar as tempestades que vem. E certamente D’us não permitirá que caia de mim uma folha sequer, sem que Ele saiba disso.

O homem ficou a pensar no que a árvore lhe falava com tanta fé. Então descobriu que sua busca não era em vão, mas deveria ser tenaz, como a raiz da árvore. Seu coração não deveria estar fechado, mas deveria se abrir a luz do Criador para ser capaz de perceber o que acontecia ao seu redor e sua fé deveria estar firme, como um tronco, a fim de aguentar a tempestade que morava em sua vida naqueles dias.

Foi aí, então, que a nuvem negra se foi e na brisa mansa ele entendeu a resposta do Criador. Sempre esteve ali e ele ainda não tinha percebido.

Sentar-se debaixo de uma árvore para ler um livro nunca mais foi igual.

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